Susana Amaral participou da IV Semana de Controle Interno, Transparência, Ouvidoria e Correição da CGDF
A especialista sênior em gestão financeira do Banco Mundial, Susana Amaral, esclareceu durante a IV Semana de Controle Interno, Transparência, Ouvidoria e Correição da Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF), o papel fundamental da contabilidade, e das auditorias internas e externas para atingir os dois objetivos principais do banco, que são diminuir a pobreza e compartilhar a riqueza. Ela participou do painel Internal Audit Capability Model – IA-CM: o controle como elemento essencial da governança, onde abordou o tema “Banco Mundial como fomentador da modernização da auditoria interna”.
Para ela, existem três grandes áreas que são importantes para atingir esses propósitos: a contabilidade e as auditorias interna e externa, que formam um ambiente robusto de gestão financeira, base para se atingir uma boa governança e crescimento econômico.
“Para atingir tais objetivos a contabilidade deve seguir as normas internacionais no setor público, a auditoria interna deve atuar no controle da probidade administrativa e, por fim, temos a auditoria externa, que deve confirmar se todos os recursos utilizados, sejam aqueles emprestados pelo Banco Mundial, sejam aqueles da própria execução do governo, foram para os propósitos a que foram aceitos, acordados e solicitados pelo cidadão”, explicou.
De acordo com Susana Amaral, entre as estratégias estabelecidas pelo Banco Mundial para reduzir a pobreza, estão o apoio aos países em desenvolvimento e o trabalho em parceria com instituições, criando um ambiente favorável para obtenção de investimentos externos, geração de empregos e crescimento sustentável.
Outro ponto destacado foi a importância do auditor interno para que gestores e órgãos públicos consigam atingir seus objetivos de maneira eficaz e efetiva. Segundo ela, a moderna auditoria interna tem o papel de consultoria e o auditor interno é um dos principais responsáveis por alavancar resultados.
“Por que as políticas públicas não funcionam? Porque muitas vezes não é um planejamento responsável. Aquele que está planejando não vê a capacidade dos recursos disponíveis. Quem sabe qual a capacidade desses recursos disponíveis? Quem sabe se aquilo é exequível? O auditor interno nessa nova visão de auditoria interna é quem vai saber quais serão os empecilhos para executar aquela missão. Ele não deve atuar só quando já estiver implementando uma política pública ou quando ela já foi implementada, para checar os resultados”, enfatizou.
Ela acredita, ainda, que resolver a questão da corrupção não irá solucionar o problema da gestão pública e do baixo crescimento econômico do país. “Nós temos uma necessidade de melhorar a governança e a gestão de risco, temos também a baixa confiança da população, que é muito sério. Tudo que se faz hoje, todas as políticas públicas, visam atender e prestar serviços para a sociedade, seja com a construção de um hospital ou a construção de uma escola. Todos nós aqui, que trabalhamos com serviço público e com gestão pública, temos somente um objetivo, que é atender o cidadão da melhor forma, com mais eficiência e eficácia, com menor custo e para a maior quantidade de pessoas”, disse.
A Semana de Controle Interno, Transparência, Ouvidoria e Correição está sendo promovida pela CGDF nessa semana, em Brasília (DF), em parceria com a Escola de Governo do Distrito Federal (Egov) e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap).