A Secretaria da Ordem Pública e Social (Seops), a Subsecretaria de Defesa do Solo e da Água (Sudesa) e as Polícias Civil e Militar fizeram uma verdadeira força tarefa no Itapoã nesta segunda-feira (22). Mais de cem barracos foram derrubados e 24 mil metros de cerca de arame farpado foram retirados. Ao todo, 68 prisões foram feitas. Nesta nova fase, chamada de pós-operação, 90 homens estão de plantão para evitar novas invasões.
Quando a gente vê imagens de invasão de terras, logo imagina que são pessoas pobres ou sem teto, mas o delegado responsável pelo caso, Miguel Lucena, destaca que essas pessoas foram chamadas a ocupar a área. “Na verdade, as pessoas humildes estão servindo como bucha de canhão para interesses escusos de alguns políticos e também de grileiros que querem lucrar com a posse dessa terra. Dos 41 presos, 14 tinham antecedentes criminais por homicídio qualificado, tráfico de drogas e assalto a mão armada. É preciso dizer que essas pessoas foram arregimentadas em diversas áreas do Distrito Federal e outros Estados, até em Pilão Arcado, na Bahia.”
Durante o fim de semana, 41 pessoas foram presas e 22 foram detidas. Elas foram encaminhadas ao Departamento de Polícia Especializada. A descoberta da origem dos invasores foi feita com base no trabalho de inteligência da polícia. Assim que houver provas concretas da participação desses grileiros e dos políticos na organização da invasão, eles serão indiciados por formação de quadrilha.
Os invasores presos vão responder por crime ambiental e ocupação irregular de terras e podem ficar até oito anos na cadeia – 14 deles já tinham passagem pela polícia. Os outros 22 invasores foram liberados e vão ser ouvidos pela Justiça.