Um ano e meio depois de surgirem as primeiras denúncias sobre a má administração dos cemitérios na capital, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) concluiu um trabalho de investigação em que faz duras críticas à gestão das seis unidades sob comando da empresa Campo da Esperança Serviços Ltda.
O documento aponta, pelo menos, 20 falhas encontradas durante o período de inspeção, que ocorreu entre agosto e dezembro do ano passado. Alguns dos problemas já haviam sido alertados durante a CPI dos Cemitérios, que investigou os abusos cometidos no comércio da morte. Outros, porém, complementam a vasta lista de irregularidades atribuídas ao comando das seis unidades administradas pela Campo da Esperança.
Entre as constatações dos inspetores que estiveram à frente das apurações, são citados os mais variados problemas: cobrança extorsiva de juros, indução para compra de jazigos de mais de uma gaveta, sepultamentos coletivos sem a estrutura ou previsão legal, má conservação das instalações dos cemitérios, capelas sem banheiros, vigilância precária, falta de pavimentação das vias, insuficiência de vagas nos estacionamentos e dificuldade de acesso para portadores de deficiência física e idosos.
O caso está sendo analisado também pela Corregedoria-Geral do DF. Em entrevista à Rádio CBN, na manhã desta sexta-feira, 23, o Corregedor-Geral do DF, Roberto Giffoni, falou sobre o assunto. “Essas falhas agora é que vão resultar nos desdobramentos envolvendo possíveis punições ou até mesmo rompimento do contrato de concessão”, afirmou Giffoni.